Importância do ácido fólico e efeitos associados a este nutriente na gestação

Resumo

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da suplementação e/ou alimentação do ácido fólico nos períodos perioconcepcional e gestacional. O ácido fólico é usado tanto para formas da vitamina que ocorrem naturalmente nos alimentos, quanto para forma sintética, encontrada em suplemento medicamentoso e em alimento enriquecido. Há evidências que suportam a redução de incidências de malformações do tubo neural por meio de suplementação perioconcepcional com ácido fólico até o final do primeiro trimestre da gestação. Além de reduzir o risco de ruptura da placenta, restrição do crescimento intrauterino, parto pré-maturo, aborto espontâneo, doença hipertensiva específica da gestação, hemorragia, assim como polimorfismos genéticos, como, por exemplo, a Síndrome de Down. Portanto, de acordo com as novas recomendações dietéticas, as mulheres em idade fértil devem consumir 400mcg/dia de ácido fólico de suplemento e/ou alimentos fortificados, além de uma dieta com fontes naturais de ácido fólico. Já as mulheres grávidas devem consumir 600mcg/dia. Apesar da variedade de alimentos que contêm ácido fólico, foi demonstrado nos Estados Unidos que somente 8% das mulheres consomem pelo menos 400mcg/dia desse nutriente. Uma dieta equilibrada com a presença de alimentos fontes e que considere o valor de 2.000 a 2.220 Kcal fornecem aproximadamente 250 microgramas desse nutriente. Mulheres que tiveram filhos com defeito no tubo neural ou que apresentam esse problema na família a recomendação é de 4 a 5 mcg/dia sob supervisão médica, pelo menos 1 mês antes da gestação e nas primeiras 8 semanas gestacionais.