A Relação do DORT e Mulheres que Desenvolvem Atividades de Enfermagem

Autores

  • Priscila Saraiva Caramuru
  • Profª. Ms. Maria da Gloria da Amaral Alves da Silva

Palavras-chave:

DORT/LER; Mulher; Enfermagem.

Resumo

A inserção da mulher no mercado de trabalho, fez com que ela fragmentasse o seu tempo, entre o cuidado da casa/família e o trabalho. Somando isso às condições desfavoráveis de trabalho do serviço da enfermagem, onde executa tarefa que lhe proporciona um grande desgaste físico, decorrente do grau de dependência de seus clientes, a profissional de enfermagem fica submetida aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Em função de todo o exposto procurou-se estudar a relação do DORT e mulheres que desenvolvem atividades de enfermagem. Nesse estudo, foi pontuado como o objetivo, analisar as produções científicas que retratem a incidência das profissionais de enfermagem, do sexo feminino, por serem mais suscetíveis ao adoecimento pelo DORT, e propor as orientações para prevenção da patologia ou reabilitação das lesões instaladas. A metodologia adotada foi o estudo documental de caráter explicativo, com abordagem qualitativa dos dados. Na análise sistemática dos dados, foram encontrados 198 artigos publicados, no período de 2003 a 2009, a
respeito da temática, entretanto só 11, retrataram a enfermagem acometida pelo DORT, e só 4 artigos se identificaram com o objeto de estudo. Diante dos dados analisados, foi possível verificar que as pesquisas retratam sobre ambos os gêneros, porém a mulher está em maior evidência no acometimento do DORT, entretanto não é comprovado cientificamente, são somente especulações, pelo fato da mulher possuir sua fragilidade psicofisiológica e a dupla jornada de trabalho (lar e trabalho). Pode ser possível que o número de mulheres trabalhadoras de enfermagem, acometidas por DORT, seja maior do que o retratado em artigos científicos. Para tanto, conclui-se que, este rol de afecções musculoesquelética que incide a mulher que trabalha em atividades de enfermagem seja referente ao trinômio mulher-enfermeira-lar e somando isto a uma longa carga horária, em que esta mulher fica mais de trinta horas semanais dentro do hospital, a desvalorização da profissão frente à sociedade e a situação econômico-financeira, onde boa parte delas tem duplo emprego ou realizam plantão extra, aumentando, assim, o risco de micro-traumas repetidos. A respeito das orientações necessárias, para sua prevenção, implica no conhecimento das Normas Regulamentadoras 17 e 32, para identificar qual o parâmetro de excelência que seu ambiente de trabalho está envolvido. Já as orientações que a enfermeira deve conhecer, quando está acometida pelo DORT, encontram-se inseridas na Previdência Social, onde aprova os protocolos médicos para benefícios por incapacidade.

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Publicado

2019-10-31