A Noção de PHYSIS no pensamento de Martin Heidegger: a questão do projeto de matematização da natureza

Autores

  • PROF.ª ROSE MARY COSTA ROSA ANDRADE SILVA
  • PROF.ª ELIANE RAMOS PEREIRA
  • PROF. MARCOS ANDRADE SILVA

Palavras-chave:

Martin Heidegger:, Ensino

Resumo

Trata-se de uma investigação de cunho filosófico onde é examinada a noção de Physis a partir do pensamento de Martin Heidegger. Physis é descrita como nascividade, assim, enquanto puro surgir, é uma experiência originária, arcaica, fundante, inauguradora, primordial, constitutiva e vertical, onde é possível a copertinência daquilo que se vela. Physis é compreendida em seu modo de ser como o modo de ser da própria origem, na medida em que é modo de um raio, juntura clareadora, aparecer na luz, modo em que se está no estar da glória e do brilho numa junção des-envolvente que toca a totalidade dos entes como des- envolvimento conjugador de uma junção clareadora e decisiva. Finalmente, physis é interpretada como indagação de princípio quando apreendemos que perguntar pela physis é perguntar-se pelo começo que não começa e não pode começar, pois é círculo. À guisa de conclusão é examinado o projeto de matematização da natureza, onde na Modernidade é necessário que ela, a natureza, seja “domada”, “controlada”, “ocupada” e não “habitada”. Mas seria apenas o numérico o único modo de ser possível do matemático? Cremos poder dizer que não, pois, no dizer radical de Heidegger: “Aprender é um modo de apreender e do aproximar-se.” A apreensão do modo é que estará em jogo tanto no “ensinável” quanto no “aprendível”. Esse é o verdadeiro e real “a-se-pensar” do matemático.

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Publicado

2019-09-06