Ocorrência de protozoários intestinais em escolares da rede pública - Cascadura - RJ

Autores

  • M. R. R. AMENDOEIRA
  • E. M. MARTINEZ
  • G. T. P. FREITAS
  • J. A. S. CORREIA
  • L. C. F. PEREIRA
  • G. B. OLIVEIRA
  • N. H. M. LOPES
  • J. P. SILVA
  • L. CAMILLO-COURA

Palavras-chave:

Protozoários;, Infecção

Resumo

A detecção de alto índice de enteroparasitoses na população deveria ser uma preocupação constante da sociedade, pois são um importante problema de saúde pública, afetando o estado físico, nutricional e, consequentemente, mental, principalmente da população infantil. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar a ocorrência de protozooses intestinais em crianças que habitavam as circunvizinhanças da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, no período de abril a dezembro de 1999 e março a dezembro de 2000. Participaram neste inquérito 416 escolares entre 5 e 15 anos que cursavam do Jardim de Infância à 4ª série do ensino fundamental da Escola Municipal, localizada no bairro de Cascadura, no Município do Rio de Janeiro. Foram ministradas palestras educativas para os responsáveis a respeito das parasitoses intestinais e esclarecendo o teor da pesquisa. Após a exposição, foi aplicado um questionário com a finalidade de avaliar as condições sociais, econômicas, sanitárias e culturais da população alvo. A participação no estudo foi voluntária e com o consentimento por escrito dos pais. Cada responsável recebeu dois potes para a coleta das fezes: um contendo solução de MIF e outro limpo para fezes frescas. As fezes sem conservante foram submetidas aos métodos de Lutz e Willis e as fezes conservadas em MIF, ao método de centrífugo-sedimentação em éter. A ocorrência de infecção por protozoários intestinais em geral foi de 50,7%, sendo mais frequente a presença de Giardia intestinalis (26,2%) e Entamoeba coli (26%), seguidas de
Endolimax nana (22,6%), , Entamoeba histolytica (7,4%) e Iodamoeba butschllii (0,7%). De acordo com o teste do Qui-quadrado, não foi observada diferença significante entre idade e sexo, embora a freqüência da infecção tenha sido discretamente maior nas crianças na faixa etária entre 5 a 7 anos (57,8%) e nas de sexo masculino (55,5%).

Arquivos adicionais

Publicado

2019-09-06