Doença do Refluxo Gastroesofágico

Resumo

A DRGE (doença do refluxo gastroesofágico) é um dos assuntos mais discutidos na área da clínica médica e da gastroenterologia. Tida como uma das afecções mais frequentes na prática médica, a DRGE constitui nos dias atuais a doença mais comum do trato digestivo.
É uma doença que apresenta características próprias, e hoje, graças ao avanço tecnológico, ou seja, com exames complementares específicos como a pHmetria de 24 horas, o seu diagnóstico tornou-se mais frequente quando ocorrem as manifestações atípicas da doença, outrora não diagnosticadas ou diagnosticadas erroneamente.
A DRGE é classificada de acordo com os achados endoscópicos em DRGE – NE (não erosiva) e DRGE-E (erosiva). Além de avaliar as alterações macroscópicas, a EDA (endoscopia digestiva alta) realiza as biópsias, principalmente nas complicações da doença como as estenoses, ulcerações e o esôfago de Barret.
Cabe salientar, que as manifestações clínicas apresentadas pela doença nem sempre se correlacionam com os graus acentuados de esofagite.
Nessa divulgação, com a revisão de literatura, descrevemos toda a sua fisiopatologia, quadro clínico com suas características típicas e atípicas, outros métodos diagnósticos, tratamentos clínico e cirúrgico, sendo que esse último, deve ser avaliado de forma cuidadosa e realizado por mãos experientes
Por ser uma doença multifatorial e de elevada incidência, vamos exemplificar com um caso clínico que apresenta características peculiares da doença de base, ou seja, a esclerose sistêmica (ES), que evoluiu após poucos anos de doença com comprometimento sistêmico, tendo atingido além das articulações e pele, o esôfago.