Síndrome Pós-COVID. Impacto e desafios tardios. Revisão Integrativa da Literatura.

Resumo

Desde o primeiro relato da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo SARS-CoV-2, em fevereiro de 2020, até 6 de setembro de 2023, foram notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS), 770.437.327 casos de COVID-19 e 6.956.900 óbitos. A síndrome pós-COVID-19 aguda (SPC), refere-se a um conjunto de sintomas duradouros após a fase aguda da doença que podem persistir por semanas a meses, acometendo diferentes sistemas e com repercussões ainda não plenamente dimensionadas. O impacto duradouro da COVID-19 pela ocorrência da SPC tornou-se alvo de inúmeras análises e publicações que buscam identificar a prevalência e os fatores a ela associados. Fadiga, dispneia, artralgia, mialgia, déficit cognitivo, dificuldade de concentração, perda de memória, distúrbios do sono, ansiedade e depressão são descritos como os mais prevalentes. Acredita-se que a resposta imunológica, a gravidade da infecção inicial, comorbidades prévias além de outros fatores de risco possam desempenhar papel determinante para a ocorrência desta síndrome. O presente estudo realizou uma revisão integrativa da literatura acerca da SPC, a partir de buscas nas plataformas Scielo e Pubmed nas línguas inglesa e portuguesa (Brasil), identificando as manifestações clínicas mais prevalentes e os fatores a ela associados.

Abstract: Since the first report of the severe acute respiratory syndrome (SARS) caused by SARS-CoV-2 in February 2020, until September 6, 2023, the World Health Organization (WHO) has reported 770,437,327 cases of COVID-19 and 6,956,900 deaths. Post-acute COVID-19 syndrome (PACS) refers to a set of lasting symptoms after the acute phase of the disease, which can persist for weeks to months, affecting different systems with yet to be fully understood consequences. The long-term impact of COVID-19 due to the occurrence of PACS has been the subject of numerous analyses and publications seeking to identify its prevalence and associated factors. Fatigue, shortness of breath, joint pain, muscle pain, cognitive deficits, difficulty concentrating, memory loss, sleep disturbances, anxiety, and depression are described as the most prevalent symptoms. It is believed that the immune response, the severity of the initial infection, pre-existing comorbidities, and other risk factors may play a crucial role in the occurrence of this syndrome. The present study carried out an integrative review of the literature on PACS, based on searches on two platforms, Scielo and PubMed, in English and Portuguese (Brazil), identifying the most prevalent clinical manifestations and associated factors.