Abordagem terapêutica da pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial não controlada

Autores

  • Beatriz de Souza Pereira
  • Carla Alves Lemos
  • Luísa Novis Leite Pinho
  • Profª Drª Patrícia de Almeida Maroñas
  • Profª Denise Ribeiro Santos das Chagas
  • Profª Me Solange de Azevedo Mello Coutinho

Palavras-chave:

PRÉ-ECLÂMPSIA, HIPERTENSÃO, TERAPÊUTICA, GRAVIDEZ DE ALTO RISCO, ANTI-HIPERTENSIVOS

Resumo

A hipertensão arterial crônica adjunta com a préeclâmpsia é considerada quadro de alto risco, se relacionando com graves consequências como retinopatia, acidente vascular cerebral, perdas fetais e morte materna. O artigo tem como finalidade abordar a terapêutica envolvida em seu tratamento, por meio de revisão de literatura, compreendendo artigos de 2002 a 2020. O único tratamento definitivo é o parto, e sua indução é a melhor conduta, a depender da idade gestacional, gravidade da doença e fatores de risco. Dessa forma, a corticoterapia está indicada em situações de prematuridade, entre a 24ª e a 34ª semana. Em qualquer período da gestação os inibidores da ECA e os antagonistas dos receptores da angiotensina estão contraindicados. De forma geral, destaca-se o uso de Metildopa como anti-hipertensivo de escolha. A nifedipina, quando comparada a Hidralazina, se mostrou mais segura e efetiva para o controle dos níveis tensionais, enquanto os diuréticos tiazídicos podem agravar a hemoconcentração. O ácido acetilsalicílico em baixas doses mostrou redução da agregação plaquetária, diminuindo a ocorrência de pré-eclâmpsia. Quanto a crise hipertensiva, destaca-se o uso de labetalol, atuando no bloqueio dos receptores alfa e beta adrenérgicos, nifedipina, cuja ação constitui no bloqueio de canais de cálcio, hidralazina e nitroprussiato endovenoso, que constituem fármacos vasodilatadores. Por fim, em todos os casos graves, recomenda-se a profilaxia de crises convulsivas com sulfato de magnésio.

Abstract: Chronic Hypertension overlapped with preeclampsia is considered a high risk disorder, correlating with severe outcomes such as retinopathy, strokes, fetal loss and maternal death. Therefore, this article aims to approach the pharmacological treatment of this syndrome by a literature revision, with articles from 2002 to 2020. The only definitive treatment is labor, and its induction is the best conduct, depending on the gestational age, severity of the disease and risk factors. Therefore, corticotherapy is indicated in scenarios of prematurity, between the 24th and 34th week. At any time during pregnancy ACE Inhibitors and angiotensin receptor antagonists are formally contraindicated. Generally, Methyldopa is considered the antihypertensive drug of choice. Nifedipin, when compared to Hidralazine, has shown to be safer and more effective in controlling blood pressure, meanwhile thiazide diuretics can worsen hemoconcentration. Low-dose acetylsalicylic acid demonstrated to reduce platelet aggregation, reducing the occurrence of pre-eclampsia. In Hypertensive crisis, its stands out the use of labetalol, that acts in blocking alpha and beta adrenergic receptors; nifedipine, whose action constitutes in blocking calcium channels; hydralazine and intravenous nitroprusside which are vasodilator drugs. At last, in all severe cases, prophylaxis of seizures with magnesium sulfate is recommended.

KeyWords: Hypertension, Preeclampsia, High-Risk Pregnancy

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Publicado

2022-06-15