Síndrome Hipertensiva Gestacional: Manejo Farmacológico
Resumo
Os transtornos hipertensivos são responsáveis por cerca de 35% dos óbitos maternos investigados no Brasil, tornandoos a principal causa de morte materna direta no país. Esses são classificados de acordo com sua apresentação clínica em préeclampsia, eclampsia, hipertensão gestacional e hipertensão crônica. Diante disso, torna-se importante caracterizar os diferentes manejos farmacológicos das síndromes hipertensivas gestacionais devido à alta incidência e gravidade dos possíveis desfechos clínicos. Metodologia: Este trabalho é uma revisão de literatura sobre o tema utilizando como fonte as bases de dados SciELO, MEDLINE e artigos da FEBRASGO. Resultados: HAS leve não demanda tratamento farmacológico – apenas alterações em hábitos de vida. Já na HAS moderada preconiza-se o uso de metildopa a nível ambulatorial. A associação de pindolol, no Brasil, é indicada nos casos de préeclampsia sobreposta a hipertensão crônica. Hidralazina constituise primeira escolha em casos de crise hipertensiva na gestação, assim como Sulfato de Magnésio em profilaxia de eclampsia – eventos convulsivos. Conclusão: O manejo adequado das síndromes hipertensivas gestacionais, ambulatorial e emergencial, é fundamental para redução de possíveis consequências para o feto como Crescimento Intrauterino Restrito, Prematuridade e Baixo Peso ao Nascer, assim como desfechos maternos insatisfatórios. Dessa forma, mostra-se necessário o rastreio, abordagem e tratamento adequados para melhor prognóstico materno e fetal.
Abstract
Hypertensive disorders are responsible for about 35% of the maternal deaths investigated in Brazil, therefore becoming the leading cause of direct maternal death in the country. They are classified according to clinical presentation as pre eclampsia, eclampsia, gestational hypertension and chronic hypertension. Therefore, it is important to discriminate the different pharmacological managements of gestational hypertensive
syndromes due to the high incidence and severity of the possible clinical outcomes. Methodology: This is a literature review on the subject using as source the databases SciELO, MEDLINE and articles from FEBRASGO. Results: Mild hypertension does not require pharmacological treatment - only lifestyle changes. In moderate hypertension, the use of methyldopa is recomended at an outpatient level. The association of pindolol, in Brazil, is indicated in cases of pre eclampsia superimposed on chronic hypertension. Hydralazine is the first choice in cases of hypertensive crisis during pregnancy, as well as Magnesium Sulphate in prophylaxis of eclampsia - convulsive events. Conclusion: Appropriate management of outpatient and emergency gestational hypertensive syndromes is essential to reduce possible consequences for the fetus such as Restricted Intrauterine Growth, Prematurity and Low Birth Weight, as well as unsatisfactory maternal outcomes. Thus, adequate screening, ambulatorial approach and treatment are necessary for better maternal and fetal prognosis.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 ACTA MSM - Periódico da EMSM

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Essa licença permite que outros façam download dos seus trabalhos e os compartilhem desde que atribuam crédito a você, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais.