Prevalência do uso de Metilfenidato entre Estudantes de Medicina na Fundação Técnico Educacional Souza Marques

Resumo

Estudo destaca a prevalência do uso de metilfenidato no curso médico. Objetivo - Verificar a prevalência do uso de metilfenidato entre estudantes de medicina. Metodologia – Pesquisa transversal. A população estudada foi constituída por discentes de medicina da faculdade privativa Fundação Técnico Educacional Souza Marques no estado do Rio de Janeiro, RJ no ano 2018. Para obtenção de dados optou-se pelo uso de questionário fechado, aplicado pessoalmente em semana de provas para maior representatividade do grupo. Os critérios de exclusão foram a entrega de questionário incompleto ou com respostas incongruentes. Resultados – Foi obtida uma amostra de 376 estudantes. Dos 376 questionários aplicados, aproximadamente 97,1% foram utilizados para a pesquisa, sendo 11 descartados. Dos 365 participantes incluídos, 98,9% afirmou que já havia ouvido falar da droga pelo seu nome comercial. A prevalência de consumo total de metilfenidato foi de 28,7% e a de uso não prescrito foi de 21,0%. Dessa forma, o uso não prescrito foi 73,14% do uso total dos entrevistados. O principal uso descrito sem prescrição do medicamento foi a utilização como gadget para fins de performance acadêmica (93,67%). Conclusão – Os dados mostram que há alta prevalência de uso de metilfenidato por estudantes de medicina, tanto de forma prescrita, quanto não prescrita, principalmente objetivando desempenho acadêmico, concordando com a literatura quanto a possibilidade de relação entre o curso e o uso desse psicoestimulante. 

Palavras Chave: Metilfenidato; Automedicação; Gadget.

Abstract

The study highlights the prevalence of methylphenidate use and its association with the medical course. Objective - To verify the prevalence and association of methylphenidate use among medical students. Methodology - Sectional research. The studied population was made of medical students from the private university Fundação Técnico Educacional Souza Marques in the state of Rio de Janeiro, RJ in 2018. In order to obtain data, it was used a questionnaire, which was personally applied during exams week for greater representativeness of the group. Exclusion
criteria were incomplete questionnaires or incongruent answers. Results - It was collected a sample of 376 students. Of the 376 questionnaires applied, approximately 97.2% were used for the research, 11 being discarded. Of the 365 participants, 98.9% said they knew of the drug by its trade name. The total prevalence of methylphenidate consumption was 28.7% and of non-prescribed use was 21.0%. Thus, the non-prescribed use was 73.14% of the total use of participants. The main use described without prescription was its use as a gadget for academic performance
purposes (93.67%). Conclusion - The data shows there is a high prevalence of methylphenidate use by medical students, both prescribed and non-prescribed, mainly for academic purposes, agreeing with the literature regarding the possibility of a relation between the course and the use of this psychostimulant.

Keywords: Methylphenidate; Self medication; Gadget