Febres prolongadas de origem obscura
Palavras-chave:
Febre, Doenças FebrisResumo
Esta revisão inicia conceituando as febres de origem obscura e as suas mais conhecidas subdivisões. O artigo se refere exclusivamente à febre prolongada de origem obscura clássica (FPOO), separando-a de outros problemas clínicos igualmente relevantes que aparecem na literatura com os nomes de febre de origem obscura nosocomial, febre de origem obscura em neutropênicos e febres de origem obscura em pacientes com aids. As mais importantes etiologias das FPOO são revistas e grupadas em quatro conjuntos: as infecções, as neoplasias, as doenças inflamatórias não infecciosas e um quarto grupo constituído por muitas doenças de diversas origens que são rotuladas de miscelânea. As mais comuns de cada grupo são analisadas, procurando-se valorizar os indícios clínicos e laboratoriais que podem levar ao seu diagnóstico. Várias subdivisões são apresentadas objetivando dar um enfoque pediátrico à questão, um enfoque geriátrico e também às FPOO com mais de 6 meses de evolução. Em seguida são analisadas as principais rotinas clínicas e de exames laboratoriais descritas para a investigação das FPOO, com destaque para o quadro clínico apresentado que fornece as principais pistas para o esclarecimento. No tópico seguinte são enumeradas as razões que explicam a dificuldade diagnóstica das FPOO, com ênfase nas apresentações atípicas de doenças comuns, como a tuberculose. São comentados o prognóstico e a evolução das FPOO, terminando-se por citar as principais provas terapêuticas indicadas.
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